Escritor
Por todas as gerações que estão por vir -Nasci em Barcelona no ano de 1976 (uf!). Dezoito anos mais tarde, comecei a estudar geologia, atraído pela linguagem das rochas. Decifrar essa linguagem é desenredar a história da Terra e da vida. Primeiro especializei-me em paleontologia e, mais tarde, em águas subterrâneas.
E como acabei por ser escritor? Há documentos que provam que já escrevia letras aos cinco anos, como a maioria das pessoas. Desde sempre quis converter as minhas ideias em livros, capas desenhadas e revistas.
Agora vivo na Bisbal d’Empordà, na Catalunha, a vinte minutos do mar, rodeado pelo que mais gosto. Aqui, no nosso pequeno jardim, nos bosques, nos prados e à beira-mar, observo, sonho e escrevo.
Escritora
Dois dinossauros e uma duna imensaAna Clara das Vestes se declara uma inveterada comedora de bolo de laranja, primeira receita que aprendeu na vida, com sua mãe, e logo ensinou para o Joaquim, seu filho. Adora contar e cantar histórias, fazer os outros rirem e abraços de mais de três segundos. Quando criança, gostava muito de ler gibi e, no final da adolescência, Clarice Lispector tornou-se sua grande companheira de cabeceira.
Formada em Letras e contadora de histórias, Ana Clara é professora de Educação Infantil, editora e revisora. Faz também curadoria para acervos de bibliotecas escolares.
Ilustradora
Por todas as gerações que estão por vir -Nasci em Barcelona e cresci em Cáceres, rodeada de campo. O campo e a minha casa foram uma fábrica de experimentação artística através do jogo, com o meu irmão, com a minha mãe. Mais tarde estudei Belas Artes, e em 2015 fui premiada com uma bolsa para realizar o curso anual de One Year Illustration no IED de Madrid, com professores maravilhosos que me deram ferramentas para empreender o caminho da ilustração.
Atualmente vivo em Getafe, rodeada de árvores. Trabalho para ONG, projetos relacionados com o meio ambiente, a cultura e a educação, faço livros e álbuns ilustrados e também oriento oficinas de artes plásticas. Desenhar me ajuda a regressar uma e outra vez a esse campo e a essa casa.
Ilustradora
De onde nascem as floresQuando iniciei meu trabalho autoral na ilustração, em 2014, quis ter um nome fantasia, e assim surgiu a Anna Charlie. Desde então assino e me apresento dessa forma neste universo. Busco, através das cores e das linhas, contar histórias e transpor meus sentimentos. Como sou apaixonada pelas flores, adorei criar uma história em que elas estão por toda parte. As ilustrações deste livro foram feitas com tinta guache e lápis de cor.
As ilustrações deste livro foram feitas com tinta guache e lápis de cor.
Ilustradora
O Ipê-Amarelo e Emilia Karitiana FilhotesCamila Carrossine passou a infância rabiscando papéis e paredes em apartamentos paulistanos. Sempre quis fazer mais de uma coisa: é ilustradora e escritora de livros, diretora e produtora de animação. Mãe. Gosta de chá com chuva com livro; pé com meia e cochilo. Não gosta de lugares fechados e apertados – a vida é muito maior do que um quadrado!
Formada em Artes Visuais e pós-graduada em Direção de Arte, Camila já ilustrou mais de cinquenta livros, publicados por diversas editoras no Brasil e no exterior. Para conhecer mais do seu trabalho, visite: www.camilacarrossine.com
Ilustrador
Nanã Lia na biblioteca Lia lia Dois dinossauros e uma duna imensaNasci com os livros. Mãe escritora, pai professor e avó contadora de histórias. Família que contribui para minha formação de leitor e de aprendiz de artista da imagem. Cresci dividindo o espaço da casa com livros e estantes, e até nas papinhas que comia encontrava pedaços de histórias. Quantas vezes tive de salvar Branca de Neve de morrer soterrada em meio a cenouras e beterrabas, além de afundar a bruxa má nos caldos quentes servidos em noites de inverno. Por conta disso é que resolvi desenhar os cenários para acomodar toda essa gente.
Graduado em Gravura pela EBA/UFRJ, fui o jovem ilustrador brasileiro escolhido para participar do workshop oferecido pela Bienal Internacional de Ilustração da Bratislava.
Ilustradora
O mundo aqui dentroPassou a infância se perdendo entre as árvores de seu quintal junto com seus dois gatos. Ela adorava construir pequenas fortalezas e, lá do alto, observar famílias de cervos. Atualmente, visita o lado de fora fazendo caminhadas com o seu cachorro, Banjo.
Cindy é autora e ilustradora de livros publicados em inglês, como How to Walk an Ant, Two Many Birds e The Boy and the Gorilla, entre outros. Em O mundo aqui dentro, além de grafite e aquarela, usou material orgânico, como talos, pétalas e folhas, para criar texturas. Para conhecer mais do seu trabalho, visite: CindyDerby.com
Escritora
Lia na biblioteca Lia liaSou apaixonada por livros. Na minha casa, eles estão por todas as partes. Gosto de olhar para eles e lembrar o tanto que trouxeram para mim de sentimentos e de conhecimentos, e de ter outros à espera por serem lidos. Aonde vou, carrego-os comigo. O amor pelas histórias levou-me a ser professora e escritora.
Hoje sou Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, coordenadora de Pós-graduação em Literatura Infantil e Juvenil e idealizadora e curadora do projeto de incentivo à leitura, Conversa Literária, bem como do Seminário Educação Literária. Feliz da vida.
Escritora
A dança de AyóSou carioca, mãe da Ariel. Como Ayó, danço e sou brincante nas rodas de capoeira e de viola. Apaixonada por histórias, os livros me acompanham desde criança.
Atualmente sou doutoranda em Teoria da Literatura e Literatura comparada pela UERJ e mestra em Memórias e Acervos pela Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB, RJ).
Até hoje, por onde passo, conto e escuto narrativas. Acredito que a vida é uma roda de encontros e histórias.
Escritora
O Ipê-Amarelo e Emilia Karitiana No caminho com SerafimCristiane Tavares transforma tudo à sua volta em histórias. Por isso, observar o mundo é uma fonte incrível de ideias. Algumas delas viraram livros, peças de teatro e muitos textos sobre outros livros − ela é colunista de literatura infantil na plataforma on-line “Mães mundo afora”. Como professora, psicopedagoga e coordenadora, teve na escola o espaço do ofício de ensinar, de contar e ouvir histórias, e de desenvolver muitos projetos literários. Como consultora educacional no Núcleo de Educação Ambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, sensibilizou-se com causas ambientais, particularmente aquelas ligadas à floresta amazônica.
Escritor
De onde nascem as floresEscrevo poemas e histórias para abrir conversas com outros ritmos e possibilidades. Conversas que podem abrir caminhos pra gente seguir com mais afeto e lucidez. Sou um desses adultos que procuram brechas pra brincar. Encontrei no ato de criar e contar histórias um ótimo jeito da brincadeira me acompanhar. Criar personagens, ouvir suas histórias, procurar onde elas se esconderam...
Para contar a deste livro, fui atrás das palavras que voam mais altas e também das que nascem junto às raízes.
Escritora
O mundo aqui dentroVive no norte da Califórnia, e passeia pelo lado de fora fazendo longas caminhadas no parque.
"O mundo de fora" também a visita vez ou outra, dando um pulinho em sua casa na forma de seu amigo passarinho, o Fred. Deborah é autora de muitos livros ilustrados publicados nos Estados Unidos comoThe Quiet Book, Bearnard’s Book, Good Night, Baddies, entre outros.
Para conhecer mais do seu trabalho, visite: DeborahUnderwoodBooks.com
Ilustradora
A dança de AyóSou uma artista autodidata apaixonada por desenhar. Mais nova, comecei um curso de design de moda, mas logo percebi que meu coração pertencia às artes visuais. Com muito esforço e dedicação, desenvolvi minhas habilidades artísticas e hoje sou ilustradora de livros infantis. É um sonho realizado poder criar imagens que encantam crianças e adultos! Percebo minha arte como uma mistura de força, leveza, sensibilidade e muita imaginação.
Para ilustrar A dança de Ayó me inspirei em diversas expressões da cultura popular afro-brasileira, com suas estampas dos tecidos de chita e tambores de couro afinados por cordas. Os tons terrosos que compõem a paleta foram trazidos para passar a sensação de comunhão com a natureza.
Ilustradora
Zô o quê? O menino do nome diferente No caminho com SerafimEra ainda um bebê quando se mudou de Nova Friburgo para o Rio de Janeiro, onde vive em um apartamento cheio de plantas e monstros divertidos. Adora tomar chá, desenhar e criar histórias desde pequena.
Zô o quê? O menino do nome diferente foi o seu primeiro trabalho publicado para crianças e, por isso, um sonho realizado. E foi tanto sonhar que não parou mais de realizar! Atualmente além de ilustradora, também é editora de livros para as infâncias.
Escritora
FilhotesAmo bichos! Hoje tenho três gatas, mas também já tive cachorros, tartaruga, e sempre quis ter um papagaio. Quando eu era bem pequena, meu pai dizia que eu parecia um guaxinim, mas, como eu nunca tinha visto um, ele me dizia que era um bichinho bem bonitinho.
Esta história eu escrevi porque, quando pequeno, o mais novo dos meus três filhos foi chamado de "macaco" na escola. Ele ficou muito triste, e eu também. Então, conversei com as professoras e as crianças sobre racismo, chamando a atenção não apenas para o fato de existirem macacos de várias cores – branco, marrom, amarelo, preto, avermelhado –, mas também para a beleza e a responsabilidade de fazermos parte de uma grande diversidade de seres, humanos e não humanos.
Escritor
E se for um bicho mau?Escreveu os primeiros poemas quando ainda era criança, inspirado por um desafio do seu magnífico professor da escola primária.
Foi nessa época que descobriu o prazer de escrever e se deslumbrou com a poesia das palavras. Desde então, ela sempre esteve presente na sua relação com o mundo.
Depois de ser pai, regressou ao espanto da infância e, escrevendo para crianças, redescobriu o mundo. Com diversos livros publicados em Portugal, os seus olhos brilham quando veem outros olhos brilhando com os seus poemas e histórias.
Escritora
Hoje eu não quero sair de casaÉ a caçula dos quatro filhos da Mirena e do Pedro e, por enquanto, tia de quatro lindas crianças: Samuel, Gabriel, Manuela e Mariana.
Pedagoga de formação, é professora na rede municipal de São Paulo e uma apaixonada pela educação pública. É pesquisadora e curiosa pelas infâncias e pela literatura. Sempre gostou de escrever, mas deixou de lado a escrita quando as palavras faltaram e ela não conseguia mais se expressar. Desse hiato de sua escritas e de um tempo no seu casulo, nasce seu primeiro livro como forma de falar para as pessoas que, um dia, as coisas voltam a ficar bem.
Escritora
Zô o quê? O menino do nome diferenteNasceu em Niterói, onde vive até hoje, mas adora viajar! Desde que se lembra, já risca e rabisca letras no papel. Um dia cresceu e disseram a ela que fosse encontrar uma profissão: tentou ser feliz cursando odontologia, mas acabou com dor de dente! Decidiu, então, partir para a publicidade, mas foi como artista que encontrou o seu lugar no mundo.
Suas pinturas, livros e poemas confessam o seu amor pela arte, rimas e palavras, e também uma grande descoberta: sua vocação é mesmo para fazer sorrir, não como dentista, mas sim como poeta.
Escritora
Filas de SonhosHoje vivo e trabalho em frente ao mar, na praia onde cresci. Aos domingos de manhã, observo a gente que passeia, uns em direção ao porto e outros em direção ao rio. Nas tardes de inverno, vejo passar os barcos seguidos de nuvens de gaivotas. De madrugada, quando ainda misturo cores, não vejo o mar, mas posso senti-lo.Quando o contemplo, lembro-me do meu pai, que sabia dizer de onde soprava o vento. De pequenina já olhava para o mar e sonhava não me lembro bem com quê.
Agora olho para o mar e penso nas crianças, sozinhas ou acompanhadas, que o atravessam, mortas de medo e com os pés molhados. Diante do mar ilustrei Filas de Sonhos, esta história tão dura e ao mesmo tempo tão cheia de ternura.
Escritora
Menina árvoreSou de origem indígena do povo Galibi, Marworo, do Amapá. Desde quando habitava as margens do rio e redondezas da mata, sendo embalada pelo canto dos pássaros e cantigas e histórias que vovó contava, foi plantada em meu ser a semente da oralidade, da arte, da poesia e da escrita.
Nadei do rio de lá para o Rio de cá. Mergulhei nos meus sonhos. Tornei-me professora, escritora, roteirista, atriz, narradora de histórias. Sou membro do Mulherio das Letras Indígenas, ganhadora do Prêmio Jabuti, conselheira do Movimento Plurinacional Wayrakuna, professora de Literaturas Indígenas em uma pós-graduação em Relações Étnico-Raciais e ativista de bibliotecas comunitárias.
Ilustradora
Menina árvoreSou carioca, mestre em Artes & Design, ilustradora e professora em escolas e na PUC-Rio. Ilustro livros desde 1998 e já ilustrei também para jornal, abertura de novela, projetos teatrais, musicais e para o carnaval. Tive livros e ilustrações em exposições nacionais e internacionais, programas do governo, selecionados como altamente recomendáveis pela FNLIJ, na premiação da Cátedra Unesco, e para o Clube de Leitura da ONU.
Para ilustrar Menina-árvore, utilizei técnica mista, combinando traços, grafismos e cores que representam o envolvimento da personagem com lugares de encantamento simbólico, nos quais ela vivenciava transformações poéticas.
Desenhando e ensinando, continuo aprendendo...
Ilustradora
E se for um bicho mau?Quando bem pequenina, preferia cadernos e materiais de arte a brincar com as bonecas. Quando não havia cadernos para desenhar, ia até os livros de histórias, paredes, sofás, mobília...
Depois de trabalhar como designer por quatro anos, uma crise "típica da idade" fez com que se mudasse da confusão da cidade para a vida pacata no campo. Lá, começou a trabalhar como ilustradora freelancer e, quando finalmente passou a se dedicar em tempo integral à sua paixão, desenvolveu maiores competências com aquarela, técnicas de ilustração e pintura digitais. Em 2017, venceu o 4º Prêmio de Literatura Infantil Pingo Doce, o maior prêmio de ilustração em Portugal.
Hoje, vive numa casa alentejana que quase ninguém sabe onde fica, com dois cães malucos e muitas galinhas no quintal.
Escritora
CrecFotógrafa mexicana radicada em Buenos Aires, docente na Escola de Fotografia Criativa. Participou de exposições na Argentina e no exterior e, junto com sua mãe, a ilustradora e escritora Nora Hilb, escreveu o livro Crec, que combina ternura e humor para bebês.
Escritora e Ilustradora
O livro escrito por KiboNasceu em Buenos Aires no ano de 1984. Cresceu em uma família de ilustradores e designers e, quando teve que escolher uma profissão, decidiu fazer livros. Estudou Artes Plásticas e Ilustração de Livros para a Infância. Em tal universo, os elementos que mais lhe chamam a atenção - o poder narrativo da imagem, o uso da cor como elemento compositivo, os personagens antropomórficos, o humor, as cenas noturnas, a magia e a força da natureza - reverberam em suas obras, conferindo-lhes um estilo inconfundível.
Publicou livros como autora e ilustradora em todos os continentes do mundo e, pelo seu trabalho, já recebeu prêmios muito importantes, tais como: o Premio Compostela, por seu livro Mamá (2013); e o Silente Book Contest, com o livro Mientras duermes (2015), também finalista do Premio Fundación Cuatrogatos (2021).
Escritora
O Grande GrrrrrAntes de decidir se dedicar à escrita, foi professora de jardim de infância durante dez anos. Domina bem um registro mais voltado para o humor, do mesmo modo que conjuga também certo tipo de seriedade, além de gostar de confrontar diferentes gêneros. Seu romance La tête en friche foi adaptado para o cinema, em 2013, por Jean Becker, e ficou conhecido no Brasil como Minhas tardes com Margueritte.
Até agora, publicou cerca de uma centena de livros — tanto infantis quanto para adultos—, pelos quais já ganhou diversos prêmios.
Ilustradora
O Grande GrrrrrDesde criança, praticava desenho com um estilo realista e acadêmico. Decidiu, então, prosseguir seus estudos em artes aplicadas, mas acabou desisitindo de qualquer tentativa de desenho consciente e regular. Em 2009, equipou-se com lápis preto e vermelho para rabiscar seu primeiro livro: Un petit chaperon rouge, conquistando um estilo inconfundível.
As suas obras são marcadas por cores fortes e ilustrações vivas e, ainda, um senso de humor rebuscado que atrai leitores de todas as idades. Hoje, ela desenha para a imprensa e algumas editoras, como também escreve suas próprias histórias.
Escritora
NanãCarioca, vivendo na serra do Caparaó capixaba desde 1993. Aos 65 anos, com o romance Confraria Van Gogh, incorporou de vez à sua vida isso de escrever, essa aventura de ouvir personagens que não dão a mínima atenção ao que tenta determinar para eles. Crê na arte como ponte entre os povos, apesar da lavagem cerebral da globalização.
Apaixonada por literatura infantil e juvenil. Desde pequena tinha uma conexão especial com os livros. Em meio a uma família grande, encontrou refúgio em um pequeno espaço atrás do guarda-roupa, onde podia se perder nas páginas e viajar por diferentes mundos. Essa paixão pela leitura a levou, na fase adulta, a criar suas próprias histórias e personagens, compartilhando com o público o encanto e a magia que sempre a acompanharam.
Escritora e Ilustradora
CrecNora Hilb, quando criança, gostava mais de desenhar do que qualquer outra coisa, mas nunca imaginou que seria esta a sua profissão. Seu primeiro livro foi publicado em 1989, na Argentina, e desde então, muitos outros de sua autoria – como ilustradora e também como escritora – se espalharam pelo mundo.
Com tinta ou lápis de cor, seu trabalho lhe emociona, faz sorrir, traz felicidade. Combinando ternura e humor, Nora adora ilustrar livros com personagens animais como o Crec, escrito em parceria com sua filha –fotógrafa e puericultora – Marcela C. Hilb.
Ilustradora
Hoje eu não quero sair de casaÉ interessada por arte desde criança. Autodidata, produzia desenhos e pinturas para presentear amigos e familiares e representar seu carinho e afeto. Professora e artista plástica de formação, vê a maternidade como seu maior aprendizado. Hoje, com seus três filhos adolescentes, retomou seus estudos e projetos pessoais e vem conciliando o trabalho formal como bancária com o de produtora cultural. Aceitou o convite da amiga para ilustrar seu primeiro livro e, como um desafio, vagarosamente transformou palavras em ilustrações e a observação da natureza em narrativa.
Escritora
Filas de SonhosNasci no Porto, numa noite de lua cheia de um ano do Dragão. Cresci com uma fita muito azul no cabelo e os olhos ancorados no mar. Desde muito pequenina, que falo mais do que é preciso e as mãos estão sempre a cair-me para as ancas (sobretudo quando leio as notícias). Dizem-me que sou muito do lugar de onde vim, e para mim isso é um elogio. Quando era menina, os adultos mandavam-me para os livros para descansarem de mim e eu percebi logo aí que os livros eram o melhor lugar para eu descansar deles. Funciona até hoje.
Ser escritora era a minha brincadeira preferida. Ainda é, na verdade, mas agora brinco mais a sério. Acredito com o meu coração inteiro que o meu lugar no mundo é escrever e contar histórias; não saberia ser de mais lugar nenhum. Segundo dizem, estou a passar por uma fase mais rebelde, assim mais ou menos desde que nasci. E eu cá acho que deve ser por isso que, nos meus sonhos mais secretos, eu sou também uma revolucionária.